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DENGUE: SP se configura entre unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença

O estado de São Paulo passou a configurar entre as 10 unidades da federação com tendência de redução nos casos de dengue. De acordo com o Ministério da Saúde, o estado conta com 76 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença, desde o começo do ano.

As outras unidades com tendência de queda são: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Entre 7 e 13 de abril, as autoridades de saúde registraram em São Paulo 24 mil casos, marcando uma queda em relação aos 60 mil casos da semana imediatamente anterior. os dados foram divulgados no último dia 17 de abril.

O analista de sistemas Bruno Gentil, de 35 anos, se recupera da doença que contraiu há cerca de 10 dias. Quando os primeiros sintomas apareceram, ele procurou atendimento e orientação médica, o que o ajudou a evitar o agravamento da dengue.

“Estava orientado sobre hidratação — o máximo possível — e repouso. A partir dali, foi simplesmente controlar a febre. Tenho certeza que meu quadro não ficou pior por estar seguindo todas as orientações do médico”.

Em todo o país, desde o começo deste ano, já foram registrados 3,3 milhões de casos de dengue. Até agora, o Ministério da Saúde já confirmou 1,4 mil mortes pela doença. Apesar disso, a taxa de letalidade está em 0,03% ante 0,07% no mesmo período de 2023.

Segundo a Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério, Ethel Maciel, isso mostra que o pico da epidemia já ficou para trás. “Neste momento, passamos pelo pico. Subimos a montanha e agora estamos descendo. Mas nessa descida ainda precisamos continuar em alerta”, afirma Ethel Maciel.

Segundo gestores e especialistas em arboviroses presentes no encontro de divulgação dos dados, a tendência de queda está relacionada ao fator climático, já que o país se aproxima do período mais seco e frio do ano — condições menos propícias para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. 

Pacientes e médicos: atenção ao 4º dia da doença

Apesar da alta incidência dos casos e da necessidade de combate ao mosquito Aedes, a dengue é uma doença que pode ser prevenida. E, para evitar a forma grave, o tratamento rápido e adequado é fundamental. A secretária Ethel Maciel explica que a dengue tem suas fases: “uma inicial com muita febre e uma segunda fase — às vezes sem febre — mas é nesse momento que os sinais de alerta podem aparecer e a pessoa precisa procurar o serviço de saúde”.

“Queria aproveitar para alertar os profissionais de saúde — não só a população — para prestarem atenção no quarto e quinto dia. A pessoa chega ao serviço de saúde, relatando que teve um diagnóstico de dengue e está se sentindo com enjoo, vômito, algum sangramento. [O profissional deve] Ficar atento porque é um caso de dengue, que está ficando grave”. 

Sintomas

Os sintomas mais frequentes da dengue são febre alta e dor de cabeça, mas é quando esses sinais começam a ir embora, que outros aparecem, como:

  • vômitos;
  • dor abdominal;
  • tonturas ao se levantar;
  • sangramento na gengiva e no nariz. 

Gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma — e procurar imediatamente ajuda médica. A mesma recomendação do Ministério da Saúde vale para pais e responsáveis de crianças pequenas que apresentarem algum desses sinais.

Cuidados precisam continuar

Mesmo com a tendência de queda no número de casos registrados no Amazonas, a população não pode descuidar. O controle do mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor forma de não contrair dengue. Por isso, o Ministério da Saúde preconiza que apenas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar a casa e acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor. Confira alguns cuidados:
Olhar garrafas, pneus, calhas, caixas d’água;
Verificar o recipiente atrás da geladeira e climatizador;
Inspecionar plantas e pratos que acumulem água;
Verificar todo e qualquer local que tenha possibilidade de ter água parada;
Telas e proteções nas janelas também são indicadas, além dos repelentes.

Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito
 

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